terça-feira, 26 de abril de 2011

Cultivo orgânico de batata



   Originária da América do Sul, a batata (Solanum tuberosum L.) está disseminada na maioria dos países do mundo; pertence à família das solanáceas, assim como o tomate, pimentão, berinjela e fumo e, caracteriza-se pela formação de caule subterrâneo intumescido, onde se acumulam reservas, denominado tubérculo (parte comestível). A batata, denominada erroneamente de "batata-inglesa", é um dos poucos alimentos capazes de nutrir a crescente população mundial, não apenas como energético, mas também como fonte de proteínas, vitaminas e sais minerais. É boa fonte de vitamina C e do complexo B, além de ser rica em potássio, com bons teores de fósforo e magnésio e razoável fonte de ferro. O baixo conteúdo de sódio a credencia para dietas que exigem baixo teor de sal. As diversas formas de apresentação tornam a batata um dos produtos mais utilizados na cozinha em todo o mundo, como fritas, saladas, purê, cozidas e assadas. A praticidade e a versatilidade culinária da batata evidenciam também a potencialidade para o investimento e desenvolvimento de produtos industrializados, com níveis de produção e consumo ainda muito baixos no Brasil, mas com boas perspectivas de mercado. A cultura apresenta maior destaque no Sudeste e Sul do país, em função das condições de clima mais favoráveis e do hábito alimentar dos habitantes, em sua maioria descendentes de europeus.
   O cultivo orgânico é uma boa opção de renda aos produtores, pois além de agregar maior valor aos produtos através do sistema de produção, reduz o custo de produção com insumos que podem ser preparados na propriedade, proporcionando maior autonomia do produtor que, por sua vez, não fica dependente de insumos importados cada vez mais caros. É importante destacar que no período de 12 meses (junho/2007 a maio/2008), os fertilizantes e os agrotóxicos que o Brasil importa em sua grande maioria (cerca de 70%), tiveram um aumento de 120 e 70%, respectivamente. Por ser uma das hortaliças que mais utiliza agrotóxicos, o cultivo orgânico é essencial para garantir a saúde do produtor, consumidor e meio ambiente.
Recomendações técnicas
.Escolha correta da área e análise do solo: sempre que possível escolher áreas não cultivadas nos últimos três anos com batata e outras espécies da mesma família botânica. Solos contaminados com murchadeira e fusariose, doenças causadas por bactéria e fungo, respectivamente, não devem ser utilizados. Solos mal drenados, argilosos, pouco ensolarados e locais sujeitos a neblinas devem ser evitados. A análise do solo com antecedência é essencial para se fazer a recomendação adequada de adubação e correção da acidez. O excesso de calcário eleva o pH do solo que favorece a sarna comum, doença que contamina os tubérculos e o solo. O excesso ou a deficiência nutricional favorecem as doenças foliares e afeta a qualidade dos tubérculos.
.Uso de batata-semente de boa qualidade: o emprego de "semente" contaminada por viroses (doenças que causam a degeneração), sem brotação ou com brotação excessiva e/ou esgotada, leva ao fracasso da lavoura. O plantio de batata-semente em dormência, origina lavoura desuniformes e de fraco desenvolvimento. A aquisição da "semente" com antecedência, caso não esteja brotada, guardando-a em local protegido de pulgões para que a brotação ocorra naturalmente, é o ideal. A aquisição de algumas caixas de batata-semente de boa qualidade (certificada, registrada ou básica), multiplicando-a em área isolada sem problemas de doenças, no plantio de inverno/primavera, visando a produção de "semente" própria para o plantio de batata consumo no outono, no Litoral Catarinense, é uma boa alternativa para reduzir o alto custo deste insumo.
.Uso de cultivares adaptadas: no cultivo de batata orgânica é fundamental o uso de cultivar resistente às doenças foliares. Dentre as cultivares, a Epagri 361Catucha e SCS 365 Cota (Figura 1) são as que mais se destacam pela alta resistência à requeima e pinta-preta, principais doenças foliares da batata . Além da maior adaptação ao cultivo orgânico, estas cultivares possibilitam maior renda ao produtor, pois os tubérculos produzidos possuem alto teor de matéria seca, um dos principais requisitos para a industrialização na forma de "chips" batata palha e pré-fritas (palitos). A Epagri, através da Estação Experimental de São Joaquim, está multiplicando batata-semente de boa qualidade, das cultivares Catucha e SCS 365 Cota. .Preparo adequado do solo: recomenda-se uma lavração profunda, com antecedência mínima de 30 dias e outra próximo ao plantio, quando houver condições adequadas de umidade do solo. Por ocasião do plantio da "semente", gradear o solo uma a duas vezes. O solo bem preparado, associado a amontoa (chegamento de terra) bem feita (cerca de 20 cm), sem torrões, reduz as pragas de solo como a larva-alfinete (Figura 2 – B) e larva-arame que ao perfurarem os tubérculos depreciam comercialmente os tubérculos colhidos (Figura 2 – C). .Adubação equilibrada: para uma adubação equilibrada, recomenda-se a análise do solo e dos teores de nutrientes do adubo orgânico, com antecedência. Plantas bem nutridas são mais resistentes às doenças e pragas, produzindo tubérculos de melhor qualidade. O desequilíbrio nutricional aumenta a suscetibilidade às doenças da folhagem e à sarna dos tubérculos e, pode afetar a qualidade culinária e industrial da batata. 
.Plantio na época recomendada: a batateira não tolera geadas e excesso de umidade. Temperaturas noturnas elevadas, na época de tuberização, prejudicam e até impedem a formação de tubérculos. Plantio de outono e de inverno (março/abril) – em regiões onde não ocorrem geadas (Litoral). Plantio de primavera (setembro/outubro) – em regiões onde ocorrem geadas. Plantio de verão (dez./janeiro) - onde as temperaturas são amenas no verão (Planalto). 
.Irrigação: a batata, embora seja uma das hortaliças mais exigentes em água (consome de 300 a 500 mm de água durante todo o ciclo), é também prejudicada pelo excesso, pois reduz a aeração do solo, aumenta a lixiviação de nutrientes e, ainda, favorece às doenças. O sistema de irrigação por aspersão, embora seja o mais utilizado, favorece a ocorrência de doenças foliares (requeima e pinta-preta). Para diminuir este problema, recomenda-se sempre que possível, a irrigação pela manhã para evitar que a folhagem permaneça com umidade durante a noite. A fase do início da tuberização ao início da senescência (maturação), que vai de 45 a 55 dias após a emergência, é a mais crítica quanto à deficiência hídrica, podendo haver decréscimo da produtividade e o aparecimento da sarna-comum. Irrigações excessivas neste período podem favorecer o aparecimento das doenças de solo e da folhagem. A alternância de excesso e falta de água pode causar defeitos morfo-fisiológicos tais como embonecamento, rachaduras e outras deformações nos tubérculos. 
.Amontoa: consiste em chegar terra junto às plantas, para melhorar sua fixação ao solo e, ainda para evitar que os tubérculos se desenvolvam fora da terra, favorecendo o esverdeamento. Uma boa amontoa em ambos os lados da fileira formando um camalhão com cerca de 20 cm de altura, quando as plantas estão com 25 a 30 cm de altura, reduz os danos de insetos que perfuram e depreciam comercialmente os tubérculos.
.Manejo de doenças e pragas: é possível prevenir o aparecimento e o desenvolvimento de grande parte delas com as seguintes medidas preventivas: a) escolha correta da área; b) uso de tubérculos-sementes sadios e protegidos dos pulgões; c) utilizar cultivares resistentes; d) arar o solo com três meses de antecedência para expor as pragas de solo e os patógenos ao dessecamento; e) plantio na época recomendada; f) evitar escalonamentos de plantios e o uso de "semente" de tamanhos diferentes na mesma área pois as plantas mais velhas são mais suscetíveis à pinta-preta, disseminando-a para as mais jovens; g) nutrição e correção da acidez conforme análise do solo; h) um bom preparo de solo (sem torrões) e a amontoa adequada (em torno de 20 cm) reduz os danos (perfurações nos tubérculos) causados pela larva-alfinete; i) destruição dos restos de culturas, refugos de tubérculos, plantas hospedeiras e plantas voluntárias das proximidades da lavoura; j) pulverização preventiva com calda bordalesa ( 0,5%), a cada 7 a 10 dias, a partir da emergência das plantas, visando o manejo de doenças e pragas da parte aérea; k) pulverização com urina de vaca a 1%, visando o manejo da pinta-preta após a amontoa e l) rotação de culturas com gramíneas. .Colheita, classificação e armazenamento: a batata consumo deve ser colhida em dias secos, amenos e com baixa umidade no solo para evitar a contaminação dos tubérculos por doenças. As hastes devem estarem secas e os tubérculos com a película firme. A colheita deve ser feita 10 a 15 dias mais tarde para que a película dos tubérculos não se solte. Iniciar a seleção dos tubérculos durante a colheita, após a secagem externa deles, eliminando-se os podres e com defeitos. A classificação deve ser feita por tamanho. Após a embalagem em sacos, deve-se guardar as batatas em locais limpos, ventilados e escuros para evitar o esverdeamento. Recomenda-se apenas a escovação dos tubérculos, evitando-se a lavagem dos mesmos.
Figura 1. A escolha de variedades resistentes às doenças da folhagem é uma maneira de prevenir a ocorrência de doenças em batata. Na foto, a variedade de batata SCS 365 – Cota (à esquerda) lançada pela Epagri em 2008 para o cultivo orgânico, na Estação Experimental de Urussanga, é muito mais resistente ao sapeco da folhagem (requeima) quando comparada com a variedade Ágata (à direita), totalmente destruída, apesar de ser a mais cultivada no Brasil.
 
Figura 2. O preparo adequado do solo, associado à um bom chegamento de terra (amontoa), sem torrões, evita o ataque da larva-alfinete que perfura os tubérculos depreciando-os (C). Os furos nas batatas ocorre porque a vaquinha (A) - adulto, também chamada de patriota (coloração verde com pontinhos amarelo), ao pôr os ovos na batateira, estes vão cair no solo e, se estiver com torrões, os ovos, que darão origem a larva-alfinete (B) – fase larval da vaquinha, irão se alojar junto aos tubérculos em formação no fundo do camalhão.

terça-feira, 19 de abril de 2011

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Cultivo orgânico de cebola



   A família botânica das Alliaceaes é composta por várias espécies com destaque para a cebola (Allium cepa) e o alho. É consumida por quase todos os povos, sendo a produção e comercialização distribuídas em todo o mundo. Além da importância sócio-econômica para Santa Catarina (maior produtor do país), a cebola é rica em quercetina, fitoquímico antioxidante, que melhora a circulação e regula a pressão sanguinea e o colesterol. Por ser consumida na forma de salada crua ou cozida ligeiramente e, principalmente como condimento, é essencial que seja produzida no sistema orgânico. A cebola é produzida no Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil, com colheita e comercialização peculiares em cada uma das regiões. Sendo normal o andamento das diversas safras, o país está abastecido durante todo o ano. Apesar disso, no período de setembro a novembro, abastecido pelo Nordeste do Brasil, o cultivo orgânico de cebola precoce no Litoral, é uma boa opção de renda para os produtores, além de acrescentar qualidade e agregar valor ao produto. A susceptibilidade às doenças e pragas tornam a cebola muito dependente de insumos (fertilizantes químicos e agrotóxicos) encarecendo o custo de produção e, o que é pior, contaminando o meio ambiente e causando sérios riscos à saúde do produtor e consumidor. Resultados de pesquisa obtidos pela Epagri, através da Estação Experimental de Urussanga, comprovaram a viabilidade técnica do cultivo orgânico de cebola e, o que é melhor, com ótima qualidade e com menor custo de produção.
Recomendações técnicas
.Escolha correta da área e análise do solo: deve-se evitar áreas encharcadas e, já cultivadas com outras espécies da mesma família (alho) nos últimos dois anos. A análise do solo deve ser realizada com antecedência para que o técnico possa fazer a recomendação adequada da correção da acidez e adubação.
.Cultivares e épocas de plantio: as cultivares plantadas em Santa Catarina podem ser agrupadas, de acordo com o ciclo, em precoces e médias. Ciclo precoce – são semeadas em abril/maio e transplantadas em junho/julho, dependendo do local e da altitude; são menos exigentes quanto ao comprimento do dia e não resistem ao armazenamento prolongado. As cultivares indicadas são: Epagri 363-Superprecoce, Empasc 352-Bola Precoce, Baia Periforme, Aurora, Régia, Primavera e Madrugada. Ciclo médio – são semeadas em maio/junho e transplantadas em agosto/setembro, dependendo do local e da altitude; formam bulbos e amadurecem em dias mais longos e resistem bem ao armazenamento. As cultivares indicadas são: Empasc 355-Juporanga e Epagri 362-Crioula Alto Vale. Os plantios antecipados ou tardios proporcionam produção de bulbos florescidos ou pequenos, respectivamente, determinando o fracasso da lavoura. 
.Produção de mudas: após o preparo do canteiro deve-se adubá-lo preferencialmente com 5,0 kg/m2 de composto orgânico ou 3,0 kg/m2 de esterco de gado ou ainda 1,5 kg/m2 esterco de aves, curtidos. A semeadura a lanço é a mais utilizada; pode ser feita também em linhas riscadas transversalmente ao comprimento do canteiro, distanciadas de 10 cm entre si, onde as sementes são distribuídas uniformemente nos sulcos de 1 a 1,5 cm de profundidade. A quantidade de sementes utilizada é de 2 a 3 g/m2 de canteiro. A cobertura pode ser feita com 2 cm de composto orgânico ou pó-de-serra bem curtido ou ainda casca de arroz. Deve-se irrigar sempre que for necessário para manter úmida a camada superficial do solo. 
.Preparo do solo: recomenda-se adotar o plantio direto ou o cultivo mínimo, abrindo-se sulcos em torno de 10cm de largura para plantio das mudas de cebola, mantendo-se a cobertura do solo entre linhas (adubos verdes ou plantas espontâneas). São boas alternativas a semeadura de aveia preta no outono e o consórcio milho/mucuna no verão. Outra opção é o transplante das mudas realizado diretamente sobre a palhada. 
.Adubação de plantio: a adubação orgânica de plantio deve ser aplicada com base na análise do solo e nos nutrientes do adubo orgânico. Caso seja necessário complementar a adubação, recomenda-se fosfato natural aplicado com antecedência e, cinzas de madeira, como fontes de fósforo e potássio, respectivamente.
.Plantio e espaçamento: a época de transplante das mudas depende de cada cultivar, porque cada uma tem suas próprias exigências de comprimento do dia e temperatura em cada região, em função da latitude e da época de plantio. O plantio das mudas é feito quando estas atingem, em média, o diâmetro de 4 a 6 mm no pseudocaule (espessura do lápis). Caso não haja possibilidade de transplantar na época recomendada, deve-se utilizar as mudas menores para os plantios antecipados e as maiores para os plantios tardios. Utiliza-se as mudas menores nos plantios antes da época indicada para que as plantas tenham tempo suficiente para atingirem o tamanho adequado e, assim formarem bulbos graúdos. Por outro lado, utiliza-se mudas maiores nos plantios tardios para desfavorecer o engrossamento do talo e, em conseqüência, o apodrecimento dos bulbos logo após a colheita. O espaçamento varia de 0,5 a 0,6 m entre fileiras por 10 a 15 cm entre plantas.
.Capinas, adubação de cobertura e manejo de plantas espontâneas: o período crítico de competição com plantas espontâneas é de até 30 dias após o transplante. A primeira capina, bem com a adubação de cobertura, se necessário, devem ser feitas até 45 dias após o transplante. A incorporação deve ser feita a 20 cm das linhas de plantio, mantendo-se parcialmente a cobertura (aveia, mucuna, plantas espontâneas e outras) nas entrelinhas. A adubação de cobertura pode ser complementada com os biofertilizantes. 
.Irrigação: o sistema radicular da cebola é superficial e fasciculado com 70% das raízes entre 5 a 20 cm da superfície do solo. A fase mais crítica é na formação do bulbos.Deve-se suspender a irrigação, normalmente por aspersão, por volta de duas a três semanas antes da colheita para evitar a entrada da água no pseudocaule e para facilitar a maturação, melhorando as condições de cura e de armazenamento dos bulbos.
.Manejo de doenças e pragas: as principais doenças no Litoral são: sapeco ou queima-das-pontas e a mancha-púrpura. O sapeco (Figura 1) na fase de produção de mudas e no plantio definitivo da cebola e também a cebolinha verde, pode ser provocada por diversos fungos, deficiência hídrica, desequilíbrio nutricional, fitotoxidez, ozônio e, indiretamente, pelos patógenos do solo. A maior severidade da doença está ligada às mudas no estágio inicial, pois nesta fase qualquer redução de área foliar retarda o desenvolvimento da planta. A mancha-púrpura é causada pelo fungo Alternaria porri . Danos mecânicos, deficiência hídrica ou alta infestação de tripes favorecem a ocorrência desta doença, que ocorre principalmente no final do ciclo da cultura. Dentre as pragas, o tripes ou piolho (Thrips tabaci) podem causar danos econômicos e ainda favorecer a entrada de doenças. Se a temperatura aumentar e ocorrer estiagens, o tripes pode causar sérios danos por meio da raspagem e sucção da seiva das plantas. Com o aumento do ataque ocorre o amarelecimento, o retorcimento e a seca dos ponteiros das plantas e, como conseqüência, diminuição do tamanho dos bulbos, favorecendo a entrada de doenças. O manejo de doenças e pragas após o transplante das mudas inicia-se preventivamente evitando-se terrenos com drenagem deficiente e sujeitos à neblina. As injúrias causadas nas plantas, mecânica ou por tripes, devem ser evitadas, pois podem proporcionar uma "porta de entrada" para fungos e bactérias. A irrigação desfavorece a praga. No manejo da principal doença que ocorre no canteiro (sapeco), recomenda-se a aplicação de cinzas de madeira (50 g/m2) ou diluído em água a 10% em regas antes do orvalho da manhã evaporar. Outra opção é a pulverização com extrato de própolis (0,1%). A calda bordalesa (0,3%) também é eficiente. No plantio definitivo, além de medidas preventivas recomenda-se pulverizações, preventivamente a cada 7 a 15 dias com calda bordalesa (0,5%). Se necessário e, somente na fase de plantio definitivo, recomenda-se manejar o tripes pulverizando-se com calda sulfocálcica à 3% (fase adulta), obedecendo o intervalo de aplicação de 15 dias entre as duas caldas. 
.Rotação de culturas: recomenda-se a rotação de culturas com diversas espécies, com exceção do alho que é da mesma família botânica. Resultados de pesquisa obtidos na Estação Experimental de Urussanga mostram a eficiência dessa prática no aumento da produtividade de cebola. Adubos verdes tais como aveia, mucuna, consórcio milho/mucuna, coquetel de adubos verdes (ervilhaca + nabo forrageiro + aveia) e outras, são boas opções para sistemas de rotação e ainda possibilitam o cultivo mínimo da cebola. 
.Colheita e cura: a cebola é colhida quando ocorre o tombamento ou estalo da planta (Figura 2), devido ao murchamento do pseudocaule. Iniciar a colheita quando houver mais de 10% de plantas tombadas. Se o tombamento não ocorrer naturalmente pode-se provocar o tombamento da folhagem com rolo de madeira. O processo de cura pode ser natural ou artificial e consiste na secagem das películas externas e do pseudocaule (pescoço). A cura natural deve ser iniciada no campo, por um período de três a dez dias, dependendo do clima. Deixam-se os bulbos, em molhos sobre o chão, arrumados em fileiras com as folhas de uns cobrindo os outros, para protegê-los da insolação direta e, evitar o aparecimento da pigmentação verde e queimaduras.
. Classificação e embalagem: após a cura é feito o corte das ramas a cerca de 1 cm acima do bulbo, sendo então classificados conforme o seu diâmetro. As cebolas devem ser comercializadas em embalagens novas, limpas e secas (sacos com 20 kg de bulbos), que não transmitam odor ou sabor estranho ao produto.



Figura 1..Queima-das-pontas ou sapeco é uma      
das mais importantes doenças na fase de mudas e após transplante da cebola de cabeça  e
também da cebolinha verde.



       Figura 2. Plantas de cebola em ponto de colheita (plantas tombadas ou na fase de estalo).
      


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